O IVE e a SSVM se recusam a reconhecer que o fundador foi um abusador


Após a publicação dos decretos enviados de Roma aos institutos, a condenação da veneração do padre Carlos Buela como santo foi claramente estabelecida, apesar dos múltiplos processos administrativos contra ele. De acordo com o decreto: “A existência, gravidade e imputabilidade desses atos contra o sexto mandamento foram claramente confirmadas, tanto mais graves quanto foram cometidas pelo fundador e superior geral dos institutos”. O documento também menciona cinco vítimas dentro do instituto e vários ex-membros.

No entanto, apesar dessas acusações bem fundamentadas e anos de evidências acumuladas, os membros do Instituto do Verbo Encarnado (IVE) e dos Servos do Senhor e da Virgem de Matará (SSVM) parecem preferir ignorar a verdade. Em vez de confrontar os fatos, eles interpretam os decretos como uma “perseguição profetizada” por Buela, justificando assim sua resistência. Eles consideram esta situação uma batalha espiritual, zombam dos delegados nomeados por Roma e continuam a promover a santidade de seu fundador nas redes sociais e mensagens familiares, como um sinal de sua lealdade incondicional.

Reação nas redes sociais

Nos últimos dias, as redes foram inundadas com mensagens desses religiosos, que descrevem os decretos como injustos e acusam a Igreja de perseguir o padre Buela. É irônico que, depois de mostrar repetidas desobediências, eles se escandalizem com o fechamento dos noviciados.

Em anexo está um trecho da homilia diária que o P. Villagrán (IVE), da Alemanha, compartilhou em “Voz Católica”. Nele, ele argumenta:
“Hoje, há cristãos, mesmo entre clérigos e religiosos em posições hierárquicas, que veem as vocações como um problema. Eles desconfiam de qualquer instituição que tenha muitas vocações, que, aliás, são muitas apenas em comparação com a esterilidade generalizada que existe neste campo. Na realidade, vistas objetivamente, as vocações religiosas ainda são muito poucas, mesmo nos ambientes em que florescem atualmente. No entanto, há quem veja as vocações como um problema e, com uma visão distorcida, peca contra a luz. Eles culpam, atribuem e atribuem tolamente a falta de perseverança das vocações às congregações que as admitem. Pergunta-se: em que mundo vivem essas pessoas? Talvez eles próprios não tenham passado pela cansativa tarefa de promover, acolher, discernir, acompanhar, proteger, corrigir e consolar as vocações que Deus envia”.

Você pode ouvir a homilia completa aqui: https://youtu.be/pblLLYx0nfs.

Os padres, em geral, expressam seu desacordo com os religiosos e leigos, descrevendo a decisão como demoníaca e afirmando que a Igreja não valoriza as vocações e procura destruí-las. Eles chegam ao ponto de falar de um “pecado contra o Espírito Santo”. No entanto, eles não assumem nenhuma responsabilidade por seu próprio papel na destruição de centenas de vocações que Deus lhes confiou.

A realidade é reveladora: 50% dos padres do IVE deixaram a congregação e alguns renunciaram ao ministério. A situação é ainda mais grave no caso das monjas psicologicamente doentes e daquelas que deixaram a sua amada família religiosa em grandes porcentagens.

Vale a pena perguntar: essa atitude de desobediência e rejeição da autoridade é o legado que eles desejam transmitir às novas gerações? Diante da condenação enérgica de Roma, a resposta do IVE e da SSVM parece ser uma obstinação que não apenas contradiz seu compromisso com a obediência eclesial, mas também perpetua uma cultura de encobrimento e negação.

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