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  • O IVE e a SSVM se recusam a reconhecer que o fundador foi um abusador

    O IVE e a SSVM se recusam a reconhecer que o fundador foi um abusador


    Após a publicação dos decretos enviados de Roma aos institutos, a condenação da veneração do padre Carlos Buela como santo foi claramente estabelecida, apesar dos múltiplos processos administrativos contra ele. De acordo com o decreto: “A existência, gravidade e imputabilidade desses atos contra o sexto mandamento foram claramente confirmadas, tanto mais graves quanto foram cometidas pelo fundador e superior geral dos institutos”. O documento também menciona cinco vítimas dentro do instituto e vários ex-membros.

    No entanto, apesar dessas acusações bem fundamentadas e anos de evidências acumuladas, os membros do Instituto do Verbo Encarnado (IVE) e dos Servos do Senhor e da Virgem de Matará (SSVM) parecem preferir ignorar a verdade. Em vez de confrontar os fatos, eles interpretam os decretos como uma “perseguição profetizada” por Buela, justificando assim sua resistência. Eles consideram esta situação uma batalha espiritual, zombam dos delegados nomeados por Roma e continuam a promover a santidade de seu fundador nas redes sociais e mensagens familiares, como um sinal de sua lealdade incondicional.

    Reação nas redes sociais

    Nos últimos dias, as redes foram inundadas com mensagens desses religiosos, que descrevem os decretos como injustos e acusam a Igreja de perseguir o padre Buela. É irônico que, depois de mostrar repetidas desobediências, eles se escandalizem com o fechamento dos noviciados.

    Em anexo está um trecho da homilia diária que o P. Villagrán (IVE), da Alemanha, compartilhou em “Voz Católica”. Nele, ele argumenta:
    “Hoje, há cristãos, mesmo entre clérigos e religiosos em posições hierárquicas, que veem as vocações como um problema. Eles desconfiam de qualquer instituição que tenha muitas vocações, que, aliás, são muitas apenas em comparação com a esterilidade generalizada que existe neste campo. Na realidade, vistas objetivamente, as vocações religiosas ainda são muito poucas, mesmo nos ambientes em que florescem atualmente. No entanto, há quem veja as vocações como um problema e, com uma visão distorcida, peca contra a luz. Eles culpam, atribuem e atribuem tolamente a falta de perseverança das vocações às congregações que as admitem. Pergunta-se: em que mundo vivem essas pessoas? Talvez eles próprios não tenham passado pela cansativa tarefa de promover, acolher, discernir, acompanhar, proteger, corrigir e consolar as vocações que Deus envia”.

    Você pode ouvir a homilia completa aqui: https://youtu.be/pblLLYx0nfs.

    Os padres, em geral, expressam seu desacordo com os religiosos e leigos, descrevendo a decisão como demoníaca e afirmando que a Igreja não valoriza as vocações e procura destruí-las. Eles chegam ao ponto de falar de um “pecado contra o Espírito Santo”. No entanto, eles não assumem nenhuma responsabilidade por seu próprio papel na destruição de centenas de vocações que Deus lhes confiou.

    A realidade é reveladora: 50% dos padres do IVE deixaram a congregação e alguns renunciaram ao ministério. A situação é ainda mais grave no caso das monjas psicologicamente doentes e daquelas que deixaram a sua amada família religiosa em grandes porcentagens.

    Vale a pena perguntar: essa atitude de desobediência e rejeição da autoridade é o legado que eles desejam transmitir às novas gerações? Diante da condenação enérgica de Roma, a resposta do IVE e da SSVM parece ser uma obstinação que não apenas contradiz seu compromisso com a obediência eclesial, mas também perpetua uma cultura de encobrimento e negação.

  • IVE: Vaticano destrói mito de “Buela caluniado e perseguido”. Novo comissariado. Proibição de novos noviços.

    IVE: Vaticano destrói mito de “Buela caluniado e perseguido”. Novo comissariado. Proibição de novos noviços.



    PARA INSTITUIÇÕES DE VIDA CONSAGRADA E SOCIEDADES DE VIDA APOSTÓLICA

    Prot. n. DD 2037-1/85


    DECRETO

    É competência do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica “promover, encorajar e regular a prática dos conselhos evangélicos, no modo como são vividos nas formas reconhecidas de vida consagrada, e também em relação à vida e à ação nas Sociedades de Vida Apostólica” (Const. Ap. Praedicate Evangelium , 121). También corresponde al Dicasterio vigilar sobre la vida de los Institutos en lo que se refiere a la formación, la disciplina religiosa, el apostolado y el gobierno (cf. Const. Ap. Praedicate Evangelium , 121, 124).

    Há muitos anos, a Sé Apostólica vem acompanhando com grande atenção a delicada situação do Instituto do Verbo Encarnado, instituto religioso clerical de direito diocesano fundado pelo Pe. Carlos Buela na Diocese de San Rafael, Argentina, e erigido na Diocese de Velletri-Segni, Itália, onde se encontra a sede principal. Esse cuidado também foi expresso por meio do serviço de alguns comissários pontifícios que acompanharam a vida do Instituto.

    Por ocasião do Capítulo Geral de 2016, o Dicastério nomeou o Vigário Geral e dois membros do Conselho. Posteriormente, novas situações críticas na área de governança e formação vieram à tona. À luz dessa situação, juntamente com a análise dos numerosos problemas, especialmente no que diz respeito à pessoa e ao comportamento do fundador, Pe. Carlos Buela, surgiu a necessidade de confiar novamente a direção do Instituto a uma pessoa externa, com ampla experiência, relevância institucional e marcada autoridade moral. Portanto, em 10 de junho de 2019, foi decidido nomear o Card. Santos Abril y Castelló, Comissário Pontifício do Instituto do Verbo Encarnado.

    Nestes anos, o Comissário Pontifício, assistido pelo seu Conselho e em estreita colaboração com este Dicastério, estudou atentamente a situação do Instituto, também no que diz respeito à presença dos seus membros nas Dioceses, verificando a composição das comunidades presentes em todo o mundo e a disciplina interna. Além disso, providenciou uma prudente revisão e redução do número de circunscrições em que o Instituto estava dividido e a nomeação de novos Superiores Provinciais.

    As estatísticas detalhadas preparadas pelo Comissariado revelaram, em primeiro lugar, uma grande fraqueza no processo de formação, identificada como um dos fatores que determinam o alto número de desistências do Instituto, que perdeu cerca de 40% de seus membros desde seu início. Da mesma forma, pouca atenção foi dada à constituição das comunidades, muitas vezes formadas por apenas dois membros ou por sacerdotes isolados com uma tarefa pastoral, em detrimento da vida fraterna em comum, que constitui um dos elementos essenciais da vida religiosa (cf. cân. 607 §2).

    O Comissário Pontifício também recebeu, por meio de uma disposição especial, as faculdades que a lei concede ao Ordinário da sede principal para proceder em todas as questões relacionadas às acusações muito sérias apresentadas contra o fundador, Pe. Giuseppe Koller.

    Cartão. Santos Abril y Castelló, por Decreto de 14 de maio de 2020, criou um Tribunal Penal Especial. Este Tribunal, após um cuidadoso processo, concluiu em 20 de julho de 2021 que o Pe. Carlos Buela “cometeu o crime referido no cânon 1395 §2, ou seja, um crime contra o Sexto Mandamento do Decálogo, cometido com violência” contra cinco membros e ex-membros do Instituto do Verbo Encarnado.

    O Santo Padre Francisco, com caridade pastoral, aceitou o pedido de apelação apresentado pelo advogado do Pe. Buela e concedeu ao Comissário Pontifício o poder de criar um Tribunal Especial de Apelação. No entanto, o Pe. Buela morreu em 23 de abril de 2023, antes que o Tribunal de Apelação pudesse concluir seu mandato.

    Apesar das repetidas e graves medidas da Sé Apostólica – administrativas e penais – que reconheceram o Pe. Buela culpado dos crimes pelos quais foi acusado, no Instituto do Verbo Encarnado e no Instituto feminino das Servas do Senhor e da Virgem de Matara, o fundador continua a ser apresentado como um sacerdote injustamente perseguido pela Santa Sé, e as vítimas são consideradas falsas e insinceras.

    Portanto, este Dicastério, depois de ter avaliado todas as coisas, com a intenção de ajudar o Instituto a realizar uma mudança efetiva, e considerando que “os fiéis têm o direito de que seus Pastores lhes indiquem a autenticidade dos carismas e o crédito que merecem aqueles que afirmam possuí-los”(Congregação para a Doutrina da Fé, carta Iuvenescit Ecclesia, 17), decide:

    1. Nomear S. Excia. Dom José Antonio Satué Huerto, Bispo de Teruel e Albarracín, como Delegado Pontifício do Instituto do Verbo Encarnado.
    2. Conceder-lhe todos os poderes de governo de acordo com a lei universal e as Constituições do Instituto, com plenos poderes para revogá-las se julgar necessário.

    Essas disposições foram especificamente aprovadas pelo Santo Padre em 3 de dezembro de 2024.

    Não obstante qualquer disposição em contrário.

    Do Vaticano, 8 de dezembro de 2024, Solenidade da Imaculada Conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria.

    Cartão João Braz. de Aviz
    Prefeito

    Sr. Simona Brambilla, M.C.
    Secretário


  • O Vaticano condena a SSVM. Proíbe novas admissões.

    O Vaticano condena a SSVM. Proíbe novas admissões.



    PARA INSTITUIÇÕES DE VIDA CONSAGRADA E SOCIEDADES DE VIDA APOSTÓLICA

    Prot. n.
    32969/2016 Cf. Prot. n. DD 2223-1/1990


    DECRETO

    É competência do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica “promover, encorajar e regular a prática dos conselhos evangélicos, no modo como são vividos nas formas reconhecidas de vida consagrada, e também em relação à vida e à ação nas Sociedades de Vida Apostólica” (Const. Ap. Praedicate Evangelium , 121). También corresponde al Dicasterio vigilar sobre la vida de los Institutos en lo que se refiere a la formación, la disciplina religiosa, el apostolado y el gobierno (cf. Const. Ap. Praedicate Evangelium , 121, 124).

    Ao longo dos anos, a Sé Apostólica acompanhou com grande atenção a delicada situação do Instituto religioso clerical de direito diocesano, o Instituto do Verbo Encarnado, fundado pelo Pe. Carlos Buela na Diocese de San Rafael, Argentina, e erigido na Diocese de Velletri-Segni, Itália, onde se encontra a sede principal. Esse cuidado também se tornou explícito por meio do serviço de alguns comissários pontifícios que acompanharam a vida do Instituto.

    Intimamente ligado ao Instituto masculino está o Instituto religioso feminino chamado Servidoras del Señor y de la Virgen de Matará, nascido da mesma inspiração fundacional, na Diocese de San Rafael, Argentina, e erigido na Diocese de Velletri-Segni, Itália, apesar do parecer negativo expresso pela então Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica.

    Na tentativa de verificar a situação do Instituto, considerando o número de seus membros e sua difusão em muitos países, e para avaliar uma série de denúncias enviadas à Sé Apostólica, com o Decreto de 15 de setembro de 2021, este Dicastério confiou a Ir. Clara Echarte, F.I., a tarefa de realizar uma Visita Apostólica ad inquirendum et referendum, com a ajuda de alguns colaboradores.

    No final da visita, a Visitadora apresentou a este Dicastério um relatório conclusivo e detalhado sobre o trabalho realizado. O relatório, ao mesmo tempo em que destacava o grande impulso missionário do Instituto e o louvável empenho pessoal de muitos de seus membros, confirmava o vínculo muito forte com o Instituto do Verbo Encarnado e a existência no Instituto de uma forte deficiência, especialmente no que diz respeito ao discernimento vocacional, a formação dos candidatos e dos religiosos, a grande inexperiência e o número muito pequeno de formadores, o estilo de vida, o serviço de governo, confiado a religiosos inexperientes, às vezes ainda não incorporados definitivamente, e o apostolado.

    Um ano e meio após sua morte, no Instituto do Verbo Encarnado e no Instituto dos Servos do Senhor e de Nossa Senhora de Matara, o fundador continua a ser apresentado como um sacerdote injustamente perseguido pela Santa Sé, e as vítimas são consideradas falsas e insinceras. Os dois institutos organizam peregrinações ao seu túmulo, e seus escritos foram republicados e divulgados.

    É por essas razões que este Dicastério, depois de ter avaliado cuidadosamente todas as coisas, com a intenção de ajudar o Instituto a realizar uma mudança efetiva, desejando cumprir o serviço de unidade de fé e disciplina ao qual é chamado no exercício de seu próprio ministério (cf. Dicastério para a Educação, p. 1), está disposto a ajudar o Instituto a realizar uma mudança efetiva. Const. Ap. Praedicate Evangelium (Congregaçãopara a Doutrina da Fé, Preâmbulo, 12), e considerando que “os fiéis têm o direito de que seus Pastores lhes indiquem a autenticidade dos carismas e a credibilidade daqueles que afirmam possuí-los”(Congregação para a Doutrina da Fé, Carta Iuvenescit Ecclesia, 17), decide o seguinte:

    1. Declara concluída a Visitação Apostólica.
    2. Nomeia a Irmã Clara Echarte, F.I.,


      DELEGADA PONTIFICIAL do Instituto Religioso dasServas Diocesanas do Senhor e da Virgem de Matará, e Ir. María José Gay Miguel, C.M.T., como sua colaboradora.

    A Delegada Pontifícia guiará o Instituto ad nutum Sanctae Sedeis, com todos os poderes de governo, de acordo com as normas do direito universal e as Constituições do Instituto, com plenos poderes para revogar estas últimas, se julgar oportuno e necessário. Posteriormente, outros poderes serão concedidos à Delegada, conforme necessário, para que ela possa exercer plenamente seu mandato.

    O Delegado constituirá um grupo de trabalho, composto por membros do Instituto e por canonistas e teólogos com experiência na vida consagrada, para iniciar uma revisão completa do direito próprio, que também implicará uma redução decisiva dos vários manuais e regulamentos atualmente em uso.

    Além disso, considerando as sérias dificuldades existentes nos itinerários formativos do Instituto, especialmente na fase do discernimento vocacional, este Dicastério estabelece a proibição de aceitar novos candidatos e de admiti-los ao noviciado, por um período de três anos a partir da data deste decreto.

    A irmã Clara Echarte tentará manter contato com os bispos das dioceses nas quais o Instituto está presente e realiza seu apostolado, especialmente com os bispos de Velletri-Segni (Itália) e San Rafael (Argentina).

    No cumprimento de seu mandato, a Delegada tem a faculdade de escolher outros possíveis colaboradores de sua confiança. Em tal caso, ela informará imediatamente este Dicastério.

    O Delegado, em colaboração com o Mons. Giuseppe, foi o responsável pela organização do evento. José Antonio Satué Huerto, Delegado Pontifício do Instituto religioso clerical do Verbo Encarnado, providenciará a comunicação deste Decreto a todos os membros dos Servos do Senhor e de Nossa Senhora de Matará e aos Ordinários do lugar onde o Instituto está presente.

    De tempos em tempos, de acordo com seu prudente julgamento, a Delegada transmitirá a este Dicastério um relatório escrito, dando a conhecer os meios que, no Senhor, julga adequados para promover o bem do Instituto e das pessoas envolvidas.

    Essas disposições foram especificamente aprovadas pelo Santo Padre em 3 de dezembro de 2024.

    Todos os membros do Instituto, acolhendo essas decisões com espírito de fé, caridade e obediência, devem colaborar de boa vontade com o Delegado Pontifício, dando prova de sua disponibilidade para o bem de sua família religiosa na Igreja.

    Não obstante qualquer disposição em contrário.

    Do Vaticano, 8 de dezembro de 2024, Solenidade da Imaculada Conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria.

    Cartão João Braz. de Aviz
    Prefeito

    Sr. Simona Brambilla, M.C.
    Secretário


  • 20 anos de aprovação diocesana das SSVM

    20 anos de aprovação diocesana das SSVM

    No dia 24 de março, a Superiora Geral, Madre Corredentora, enviou um longo comunicado às irmãs, lembrando o fato “milagroso” de que ambos os Institutos haviam recebido a aprovação diocesana das mãos de Dom Andrea Maria Erba.

    Lembremos que as SSVM antes eram apenas uma Associação Pública de Fiéis e que os padres do IVE na época estavam passando por um período difícil aos olhos da Igreja argentina (já que estavam sob comissários pontifícios) e isso dificultava o processo de aprovação diocesana. Buela era ciente dessa dificuldade e tentou todas as vias para que o Governo Geral do IVE pudesse ser trasladado rápidamente à Roma, pois se sofressem alguma ordem de fechamento dos seminários, a Casa Geral se comprometeria.

    O Governo Geral das SSVM já estava em Roma e, juntamente com os padres que eram enviados para estudar, tentaram “mexer os pauzinhos” com bispos e cardeais influentes para facilitar a mudança e

    por meio do ramo feminino, isso não seria tão difícil, pois a tática de Buela, na maioria das vezes, era enviar primeiramente as servidoras para prestar todo tipo de ajuda e de apoio aos bispos e assim “abrir o caminho” ao IVE. E assim foi com Monsenhor Erba, um bispo já idoso. Com a insistência do governo geral da SSVM e dos padres do IVE na Argentina, usando também da influência do Cardeal Sodano, quem pediu a Monsenhor Erba que solicitasse a ambos Governos em sua diocese, Velletri-Segni, e futuramente aprová-los diocesanamente. Deve-se lembrar que isso ocorreu depois da ordem de fechamento do noviciado masculino e do exílio de Buela à Equador por João Paulo II, mas, como de costume, Buela e seus seguidores sabiam como deviar das ordens de Roma.

    No texto enviado, a Madre Corredentora tenta infundir nas novas servidoras a historia da mão providente de Deus que as aprovou, citando a cena da luz que se acendia e se apagava na residência papal, como um sinal de que João Paulo II as apoiava em tudo.

    Com sua humildade característica, ela conta que, naquela época, era apenas a Vigária Geral e testemunha de tudo. Ma agora como Superiora Geral, sente a necessidade de incendiar em toda a SSVM uma história de “milagres” e “momentos providenciais” que, segundo ela, demonstraram a proximidade e a aprovação do Papa João Paulo II, que na realidade – repetimos – foi um “milagre” providenciado pelo Cardeal Sodano.

    Corredentora esquece de mencionar que na diocese anterior não contavam com um bispo tão benevolente, portanto, conseguir o traslado de ambos governos gerais à Velletri-Segni significaria unir forças e consequentemente conseguir que Buela se trasladasse à Roma e disfrutasse de mais liberdade.

    No ano de 2022 foi dercretado uma nova disposição na Igreja no que diz respeito as aprovações diocesanas, os bispos deverão pedir primeiramente autorização à Congregação para os Institutos de Vida Consagrada em Roma e assim evitar as pressas e as inexperiências de institutos religiosos que resultam em problemas de abusos de todos os tipos, manipulações, desvio de fundos, etc. Esse comunicado de 2022 foi assinado pelo Cardeal João Bráz e pelo Monsenhor José Rodríguez Carballo,

    ambos também tiveram que suspender os votos de várias SSVM que que deixaram a vida religiosa e receber centenas de reclamações sobre o IVE nas últimas décadas.

    Publicamos aqui a carta da M. Corredentora para as SSVM.

  • Fuga de Servidoras

    Fuga de Servidoras

    Como sabemos, muitas servidoras tiveram que abandonar às SSVM e ingressar em outras congregações para dar continuidade a sua vida consagrada ou fundaram outra com ideais mais saudaveis, por nao ter conseguido viver em um Instituto que nao correspondia ao que pregavam nas suas Constituições.

    Há alguns dias atrás foi publicada a notícia da chegada de um novo Instituto de vida religiosa na diocese de San Rafael, um Instituto jovem, aberto, que se dedica ao apostolado paroquial, e ainda que não intencionalmente, dará outro ar religioso à diocese.

    Este Instituto de origem colombiano, se chama “Filhas da Sagrada Familia”, e tem entre suas vocações irmãs que pertenceram às Servidoras,

    como a ex superiora Madre Nazareno (religiosa da direit ana foto). Outras pertecem a Paroquia del Valle en San Rafael e missionarao toda a zona do Cerrito,

    como comenta o pároco no video.

    Agradecida a Deus por ter deixado as SSVM, assim como outras que emigraram procurando uma maneira de seguir sua consagração religiosa longe do fanatismo e da superficialidade que reinam nas Servidoras.

    Também temos o caso da ex Madre Strasnaia Avila, que depois de muitos anos como superiora no mosteiro de San Rafael, decidiu ir-se à uma Orden mais séria e aprovada pela Igreja, como a do mosteiro da Visitação em Buenos Aires, onde teve de recomeçar como noviça depois de mais de 25 anos nas Servidoras. O que ela fez de bom grado deixando para trás o que ela achava que poderia ser uma congregação religiosa séria, mas que nunca foi.

    O mesmo aconteceu com as filhas da Dra. Chinda Brandolino, ambas com um grande espírito missionário que, juntamente com a filha do ilustre Dr. Octavio Sequeiros, la hermana Sagesse, -que compartilha o mesmo nível intelectual do pai-, continuam a levar sua vida religiosa com apostolados paroquiais em lugares que lhes permitem viver sua vida consagrada e sobreviver à desilusão das SSVM da melhor maneira possível.

    Esquerda: Irmã Aflicta Palma e Irmã Sagesse Sequeiros

    – Irmã sol e Resurrección del Castillo

    Sem ir mais longe, a própria família Curutchet, grande seguidora de Buela e praticamente fundadora da Terceira Ordem do IVE em San Rafael. Uma de suas filhas (Ir. Apóstoles), que chegou a ser superiora do Noviciado Internacional das SSVM, depois de ficar psicologicamente doente no Instituto, decidiu ir a viver sua vida consagrada no Paraguai.

    Obviamente, o fanatismo da familia Curutchet é tal que preferem não falar sobre isso, já que há vários irmãos religiosos dentro do instituto.

    Centenas de outras irmãs tentaram salvar sua vocação em outras Ordens religiosas. Algumas delas, por causa da idade, da saúde ou de problemas familiares, tiveram que optar por se tornarem leigas consagradas; outras, porque o dano psicológico causado a elas foi tão grande que tomaram a decisão de curar, antes de tudo, o dano e poder assim recuperar sua vocação. Outras, atualmente solicitaram a permissão para sair, devido à situação que enfrenta o Instituto.

    Finalmente, cada uma, depois de 20 ou 30 anos na SSVM, tenta sobreviver à catástrofe de ter sido enganadas em sua fé da melhor maneira possível.

    Que São José, santo padroeiro das virgens, proteja suas filhas e as livre de toda manipulação psicológica que terminam por prejudicar sua vocação.

  • Uma chamada às testemunhas: práticas financeiras do IVE/SSVM

    Uma chamada às testemunhas: práticas financeiras do IVE/SSVM

    Caros leitores e seguidores,

    Como parte de nosso compromisso contínuo com a transparência e a verdade, estamos conduzindo uma investigação minuciosa sobre as práticas financeiras do Instituto do Verbo Encarnado e das Servidoras do Senhor e da Virgem de Matará. Como muitos de vocês sabem, temos documentado comportamentos sectários e supostos abusos em ambos Institutos.

    Nesta ocasião, estamos convocando testemunhas que tenham informações relevantes sobre o uso indevido de fundos em ambos Institutos. Caso tenha testemunhado irregularidades financeiras, falta de transparência no manuseio de doações ou qualquer outra conduta que considere questionável em relação às finanças desses Institutos, pedimos que compartilhe seu testemunho conosco.

    Seu testemunho pode ser crucial para esclarecer essas práticas e ajudar aqueles que podem terem sido afetados por elas. Sua identidade permanecerá confidencial, caso prefira. Nosso objetivo é garantir que a justiça seja feita e que os direitos dos doadores e dos membros da comunidade sejam protegidos.

    Se você tiver alguma informação relevante ou souber de alguém que as tenha, entre em contato conosco pelo e-mail admin arroba verbo-encarnado-ssvm-abusos ponto info ou pelo formulário de contato abaixo. Digite um nome e um endereço de e-mail fícticio se quiser fazer uma denúncia anônima. Sua contribuição pode fazer a diferença em nossa busca pela verdade e pela justiça.

    Obrigado por sua coragem e apoio contínuo.

    Atenciosamente, os administradores

  • O abandono humano em sua máxima expressão

    O abandono humano em sua máxima expressão

    Recentemente, foi publicado no YouTube um vídeo de quatro ex-religiosas contando suas experiências nas “Servidoras del Señor y la Virgen de Matará”, um vídeo que em uma semana alcançou 5.000 visualizações.

    Cada uma, em sua simplicidade, expressou suas experiências de abuso, manipulação, abandono e o que as levou a deixar o Instituto e a não mais permitir que a Congregação manipulasse suas vidas.

    Entre as muitas mensagens de apoio, muitos expressaram que se identificaram com o testemunho de abandono de Mônica após anos de vida religiosa. Mas qual foram essas experiências?

    Para aqueles que a conheceram, se lembrarão de que Mônica entrou com 17 anos de idade, uma jovem ativa e transparente com um forte desejo de santidade. Uma jovem dócil com seu diretor espiritual, com suas superioras e amante de seu instituto. Talvez dócil demais!

    Mônica foi como muitas vocações que entraram, jovens, fortes, com um grande desejo de santidade, de fazer o bem, etc., mas esse não é o problema, o problema é como o Instituto se aproveita disso, abusando de suas consciências, manipulando-as e, depois de anos, abandonando-as.

    Conocida era a ânsia de Buela no início em fundar rapidamente em muitos países, de enviar seus jovens missionários a lugares distantes, com idiomas difíceis, sem apenas experiência; o importante era crescer em número, o que impediria a Igreja de fechá-los, mas Buela nunca teve a iniciativa de sair em missão.

    Desses primeiros missionários, alguns ainda permanecem, mas a taxa de desistência no IVE é alta. Alguns se tornaram diocesanos, outros ficaram doentes, outros perderam a fé ou simplesmente tiveram que sair por causa de algum escândalo ou por algum problema com mulheres.

    O IVE prefere ter alguns como amigos, ter seus filhos nos bacharelados de San Rafael e na Terceira Ordem, desde que isso não represente uma despesa para eles ou simplesmente mostrar que são caridosos, ou talvez, para evitar que se saiba o que realmente aconteceu, pois no caso daqueles que optaram por não permanecer como “amigos”, ou denunciar os abusos de autoridade, chegando a casos de crimes, a esses os superiores proíbem qualquer contato; mesmo que tenham sido bons religiosos ouque ainda continuam sendo. Fazem comentários prejudiciais à sua pessoa, chamando-os de loucos e dizendo: “são um perigo”! O perigo é se eles disserem a verdade!

    Não são “loucos”, simplesmente saíram porque começaram a PENSAR, percebendo as ações dos superiores, as manipulações e que foram enganados na sua boa FÉ.

    Assim aconteceu com Mônica. Foi enviada à um lar com mais de 140 crianças com vários problemas familiares e judiciais. Aos 20 anos já era a vigária da comunidade (a segunda em autoridade), mas estava praticamente sozinha no comando, pois sua superiora era a tesoureira provincial e viajava muito. Mônica atendia não só as crianças com seus problemas, mas também às religiosas, sem ter respostas efetivas de sua superiora.

    Um lar com poucas freiras, algumas delas doentes, sem treinamento profissional para lidar com crianças em situações, muitas vezes, complexas, com a ajuda de poucos voluntários, alimentação insuficiente e pouco tempo para descanso.

    As SSVM brincam com a caridade, não formam a seus membros o suficiente e os sobrecarregam com funções que excedem suas capacidades humanas; as enviam com uma única frase: “são mães de almas” e com isso pensam que não podem falhar.

    são indiferentes ao sofrimento humano das religiosas. Repetem constantemente a famosa frase das Constituições: “que venderiam um cálice para o bem da saúde das irmãs”, dizem, mas não o aplicam.

    O que fazem é substituir por outras mais jovens e mais dóceis.

    Mônica foi durante mais 20 años religiosa e nunca deixou de comunicar os problemas que estavam ocorrendo, tanto nas comunidades onde vivia quanto em sua situação pessoal. A única ajuda que recebeu das superioras era mudá-la de comunidade, exigindo-lhe o mesmo esforço até que sua saúde física e psicológica entrou em colapso.

    Sua superiora provincial chegou a lhe dizer que poderia ajudá-la mais fora do que dentro (uma forma sutil de “jogar fora” uma pessoa que não é mais útil), a mesma superiora sabia que seria uma ajuda por dois meses, no máximo, e depois deixaria de atendê-la.

    Centenas de religiosas estao representadas em Mônica que adoeceram depois de muitos anos e isso continua a acontecer.

    Outra questão é a da Previdência Social (que será tratada mais adiante), somente aquelas que trabalham como professoras e se a lei do país obriga, caso contrário, nenhuma tem contribuições para a aposentadoria e, se no futuro vierem a precisar por causa de alguma doença, passarão pelo que as jovens estão passando hoje, terão de deixar a vida religiosa, pois a Congregação não tem os meios econômicos – ou não quer usá-los – para a saúde das irmãs.

    Mônica saiu sem ter concluído seus estudos secundários, pois foi recebida no noviciado sem tê-los concluído, ao contrário do que exige o Direito Canônico.

    E essa é a situação de muitas que, que ademais não contam tampouco com os pais vivos para ajudá-las, mas isso é algo que não preocupa às SSVM.

    Os editores deste blog consultaram outras Congregações, como os Franciscanos, os Redentoristas, os Oblatos etc., e perguntaram como lidam com os que saem. Todos responderam que os religiosos têm suas respetivas contribuições feitas e quando saem do Instituto, tentam ajudá-los a se inserir no mundo, seja com emprego, moradia etc. Embora não sejam obrigados pela lei canônica, são recomendados por caridade àqueles que deram parte de suas vidas à Congregação.

    No entanto, o IVE e as SSVM, com seus ex-membros, na melhor das hipóteses, enviam-lhes um envelope com alguma quantia, dois trapos como roupas e se souberem de alguma queixa, são tachados de ingratos.

    Talvez por essa e muitas outras razões, continuam sendo um Instituto de direito diocesano e nunca receberão a aprovação pontifícia, pois a intenção dos superiores é alimentar esse sistema fundamentalista criado por Buela. Mônica teve a coragem de se manifestar e denunciar os danos morais e psicológicos causados por eles, que, no caso dela, foram terríveis.

    Não sabemos como a consciência desses superiores lhes permitem continuar, causando mais danos a outras pessoas. Eles sabem que os membros saem num estdo de vulnerabilidade e indefesos, que não serão capazes de processar rapidamente o que aconteceu, levantar-se e contar a história.

    Quando a Santa Sé fará algo para impedi-los?

    Que haja justiça!

  • Finalmente a irmã Guadalupe anuncia sua saída definitiva das SSVM

    Finalmente a irmã Guadalupe anuncia sua saída definitiva das SSVM

    Em suas redes oficiais, a irmã Guadalupe (nome de leiga Ximena Rodrigo) anunciou em um comunicado que o Instituto Servidoras do Senhor e da Virgem de Matará não renovou seu pedido de exclaustração por mais três anos, como fez ao fundar sua nova comunidade.

    Diante dessa situação, ela teve que tomar uma decisão: voltar para as Servidoras ou pedir a revogação de seus votos, o que significaria sua saída definitiva da Congregação.

    Optou, por tanto, abandonar as Servidoras. Assinou seu pedido de saída no dia 10 de fevereiro de 2024 para continuar com seu projeto religioso: “Os Nazarenos”. Ahora seu estado canônico dependerá da permissão do bispo ou do patriarca – devido ao seu relacionamento com o Patriarcado Sírio – para usar um hábito. Seus votos foram suspensos o que significa que agora seu estado é totalmente laical, embora, provavelmente mantenha seus votos de modo privado, e de repente

    utilize um hábito de sua própria criação.

    Mas quem é a irmã Guadalupe?

    A irmã Guadalupe tinha mais de 30 anos de vida religiosa nas Servidoras e grande parte da sua vida missionária foi vivida no Oriente Médio. Foi superiora provincial das SSVM para as missões do Oriente Médio durante 12 anos, juntamente com o Pe. Luis Montes IVE, também superior provincial. Juntos orientaram os religiosos e os superiores das comunidades do Oriente Médio.

    Infelizmente, nesses 12 anos em que a irmã Guadalupe foi superiora provincial não deixou boas lembranças nas religiosas que estiveram sob sua responsabilidade. Apesar de seu temperamento jovial e da sua boa oratória, durante seu período mais de 15 irmãs deixaram a vida religiosa. Muitas delas relataram que haviam contado a então Superiora Geral, Madre Maria Anima Christi, o que ocorria, como por exemplo:

    1) O comportamento questionável e a relação escandalosa com o padre Luis Montes, IVE.

    2) As doações recebidas de todo o mundo para os lares que tinham a cargo. e os desvios para gastos frívolos. Uma prática que será detalhada mais adiante.

    3) Sua conduta, marcada por frequentes viagens com esse padre que revelou uma notável negligência com as religiosas e as comunidades sob sua responsabilidade.

    Inúmeros testemunhos de religiosas que viveram na mesma missão levantaram sua voz à Roma, descrevendo como essa superiora fazia longas viagens na companhia do padre ou alugava apartamento com o pretexto de preparar reuniões de Capítulo, desaparecendo juntos. Contavam como esse padre exercia domínio dentro das comunidades, participando nas convivências com as religiosas e incentivando-as a beber álcool, fumar e até mesmo a se vestir de forma inadequada nas praias para passarem despercebidas, “dada a tensão da guerra”, dizia.

    Algumas freiras chegaram a flagrá-los juntos, testemunhando demonstrações de afeto entre eles, o que escandalizou a mais de uma. Isso causou tristeza entre as irmãs, que esperavam que Roma tomasse providências, mas foram orientadas a esperar pela próxima visita da madre geral à província.

    Em várias ocasiões também presenciaram como Guadalupe acostumava a fazer runiões e direção espiritual com o padre em seu quarto. Diante das crescentes queixas foi decidido que Guadalupe levasse uma noviça árabe como companheira, que, embora não entendesse bem o espanhol, percebeu os gestos de proximidade, as carícias e o fato de estarem sozinhos no quarto, um comportamento impróprio para os superiores.

    Em meio ao conflito e à crise no Oriente Médio, essa província das SSVM se destacou por receber ajudas financeiras consideráveis dos Estados Unidos, da Itália etc. As irmãs de outras comunidades foram instadas a doar parte de seus salários ou a praticar austeridade para ajudar essas missões consideradas mais necessitadas. Entretanto, apesar da taxa de câmbio favorável do dólar e da conclusão de algumas construções, houve pouca melhora na construção dos lares e na alimentação das famílias e das crianças.

    Não obstante, se gastava com aluguel de casas luxuosas para as férias das irmãs nas praias de A Dahab e Sharm El Sheik, com compras de uísques caros, cigarros e roupas especiais para não chamar a atenção, para evitar chocar as pessoas.

    Esse modo de vida estava se tornando cada vez mais visível, a própria Guadalupe contou durante suas visitas à Argentina quando explicava sobre sus missão.

    Destacava que nas comunidades do Oriente Médio havia uma vida religiosa mais fraterna, sem as diferenças comúns presentes em outras Congregações.

    por tanto, compartilhavam quase todas as atividades juntos, com o fim de elevar o ânimo entre os religiosos, dada a tensão da guerra. No entanto, pouco a pouco essa situação foi saindo do controle e a partir daí começaram a surgir as queixas por parte das religiosas

    A quantidade de gastos também começou a levantar suspeitas no mundo árabe com respeito as doações, um artigo foi publicado questionando a origem desses fundos.

    Por otro lado, muitas religiosas daquela época adoeceram de depressão e sentimentos de profunda solidão, quando ousaram falar sobre o que viram, mas foram ignoradas e até levadas a acreditar que estavam enlouquecendo ou sofrendo de estresse devido à situação de conflito.

    Mas finalmente, devido a inúmeras reclamações, a irmã Guadalupe foi removida de seu cargo de superiora provincial e enviada para a Síria, para uma pequena comunidade com apenas três religiosas. A partir de então, sofrendo com a situação na Síria, sua figura tornou-se notavelmente pública, atraindo a atenção da mídia internacional. Começou a viajar pelo mundo dando palestras sobre a guerra e sobre os mártires, acompanhada na maioria das vezes pelo seu mentor, o padre Luis Montes.

    De Hong Kong à América do Sul, viajavam pelo mundo dando palestras sobre a guerra e seus impactos. Sua crescente notoriedade não apenas atraiu doações, mas também despertou vocações.

    As SSVM no incio apoiava, apesar das críticas, e até um certo ponto,o seu trabalho de evangelização, fazendo “a vista gorda”, repetindo aquilo que dizem “se há frutos, são de Deus”.

    Ambos Institutos reconheceram que os frutos desse trabalho, como as doações e o reconhecimento das SSVM pela mídia, era uma prova da vontade de Deus e, portanto, era algo que deveria ser incentivado.

    Porém, tudo isso chegou a um ponto em que as mesmas superioras já não sabiam como controlar esses “frutos”, o que marcou uma mudança radical.

    O que as SSVM e o IVE fizeram diante dessa situação?

    Embora as SSVM tenham inicialmente incentivado e apoiado as muitas viagens e palestras da Irmã Guadalupe, começaram a ver como estava gradualmente trilhando seu caminho por conta própria e tornava-se cada vez mais difícil encontrar uma irmã disponível para acompanhá-la nas longas viagens, e com o número de freiras professas que estavam deixando as SSVM, isso se tornou um problema.

    Até que uma superiora tentou controlar suas viagens e ajustar seu comportamento, foi então que Guadalupe entrou em contato diretamente com a Superiora Geral e apresentou suas queixas e a decisão de fundar um Movimento religioso, logo depois solicitou uma exclaustração temporária de três anos.

    Enquanto isso, o IVE reagiu como de costume. Por meio de algumas figuras proeminentes para as SSVM, como os padres Gabriel Zapata, Fernando Vicchy e Pablo Rossi, que antes a elogiavam como exemplo, passaram a desqualificá-la.

    Esse comportamento é comum no Instituto, usando as informações da direção espiritual como um meio de enfraquecer os membros e julgar aqueles que pensam de forma diferente ou tentam sair do Instituto.

    Embora nem todos os sacerdotes ajam dessa forma, vários se aproveitam de tais situações com aqueles que não compartilham mais as mesmas ideias, sem ousar confrontá-los de frente ou contar toda a história, seguindo assim o exemplo do fundador. Sentem a necessidade de desacreditar aqueles que tentam deixar o instituto, mas, nesse caso, por se tratar de uma figura pública, tiveram que ser cuidadosos e garantir que tudo estivesse em ordem e que todos estivessem de acordo com a decisão de Guadalupe.

    Por exemplo, o mesmo Padre Gabriel Zapata, comentava às suas dirigidas que a Irmã que Guadalupe tinha problemas afetivos, insinuando que não era confiável e que estava se afastando do carisma,

    sem embargo, ele mesmo chegou a cumprimentá-la em público convidando-a a impartir palestras também aos seminaristas. Esse comportamento dos superiores causava confusão, pois internamente semeava desconfianças, mas externamente não confrontava a pessoa diretamente.

    Guadalupe e seu novo hábito

    A irmã Guadalupe optou por viver de forma independente, tornando-se sua própria superiora e organizando uma nova comunidade. Solicitou uma exclaustração por três anos para explorar essa nova experiência com os leigos. Isso a liberou da supervisão das SSVM, embora ela continuasse a se apresentar como freira da Congregação devido à sua exclaustração.

    Decidiu adotar também um novo hábito, seguindo o conselho inicial do fundador, o falecido Padre Carlos Miguel Buela, de que o hábito deveria ser vermelho em homenagem aos mártires. Guadalupe decidiu usar o mesmo modelo de hábito, mudando o escapulário e o véu para vermelho. seus seguidores leigos adotaram um manto vermelho, simbolizando a presença dos mártires em sua comunidade.

    Nessa nova aventura, ela foi acompanhado pelo padre Luis Montes, IVE, que se tornou o conselheiro espiritual da comunidade “Os Nazarenos”. Juntos, viajaram por diversos países do mundo dando palestras sobre o Oriente Médio.

    E em vista dessa situação, a Superiora Geral enviou um e-mail a todas as superioras para esclarecer que a iniciativa “Os Nazarenos” da irmã Guadalupe não era uma obra apoiada pela Congregação, que oraram por ela, mas seu projeto não estava relacionado ao Instituto, encerrando assim qualquer dúvida a respeito. Embora Guadalupe afirmasse que as SSVM a incentivava nesse novo caminho, a realidade interna era diferente, e suas ações foram vistas como uma traição ao Instituto.

    Agora finalizado seus três anos como freira exclaustrada, solicitou outra licença por mais três anos às SSVM, mas a resposta foi clara: tinha que escolher entre regressar definitivamente ou renunciar aos votos. Guadalupe optou pela renúncia, anunciando públicamente sua saída definitiva do Instituto.

    Apesar das decisões de Guadalupe, o Instituto nunca se responsabilizou pelas queixas das irmãs que viveram baixo seu governo anteriormente. Essas irmãs depois que saíram, também testemunharam os acontecimentos, mas foram silenciadas, o que apagou qualquer evidência do que realmente aconteceu durante aqueles anos de pressão missionária, escândalos e doenças entre as religiosas professas perpétuas.

    Além das reclamações sobre sua vida dupla e seu discurso, houve críticas à sua prática de dar hábitos a jovens árabes de forma precipitada, o que gerou vários problemas nas comunidades quando essas pessoas começaram a abandonar pouco tempo depois.

    Em suma, Guadalupe foi um dos primeiros frutos do IVE, do qual no inicio todos se orgulhavam, mas que depois pouco a pouco foi esquecida, agora

    o foco está em outras jovens vocações e no eterno ciclo de manipulação e destruição que se segue.

    Quando por fim deixarão de destruir vocações?

    Será que a verdade algum dia será defendida?

    Não está na hora de a Santa Sé proibir a entrada nessas duas congregações de uma só vez, simplesmente em espeito mínimo devido a qualquer ser humano?

    Comunicado da Irmã Guadalupe

    Prezados todos: Terminada a licença de três anos que, aconselhada por minhas superioras, que solicitei ao meu Instituto para acompanhar a experiência nascente do movimento Nazarenos, pedi uma prorrogação. Mas minhas superioras consideram que chegou a hora de tomar a decisão de seguir um caminho ou outro.

    Depois de rezar, decidi abraçar totalmente esse carisma para o qual me sinto chamada por Deus, como Mensageira Nazarena.

    É por isso que no dia 12 de dezembro – festa de Nossa Senhora de Guadalupe – pedi formalmente deixar meu amado Instituto, como alguém que deixa a casa paterna em lágrimas, mas ao mesmo tempo tomada pela emoção de formar uma nova família.

    No sábado, 10 de fevereiro, sob o patrocínio de Nossa Senhora, recebi o indulto de saída das mãos de minhas Irmãs, que me encorajaram fraternalmente a seguir em frente no cumprimento da vontade de Deus. Esse dia também se comemorava São José Sanchez del Río, um mártir cristeiro! E véspera da canonização de Mama Antula, uma leiga consagrada argentina. Confiei a eles essa importante etapa.

    Sou grata por tudo o que recebi durante esses anos e permanecerei espiritualmente unida à Família Religiosa do Verbo Encarnado que me formou e me preparou para essa nova missão.

    Recomendo-me a suas orações. Um abraço a todos!

  • Os Exercícios Espirituais no IVE, uma forma de manipular as vocações

    Os Exercícios Espirituais no IVE, uma forma de manipular as vocações

    [Foto] No coração do Instituto Servidoras do Senhor e da Virgem de Matará (SSVM), Yamile, ex irmã Clemens e suas irmãs de sangue, antes religiosas, enfrentaram um sistema marcado por manipulações e abusos. Das cinco irmãs religiosas, só uma permanece até hoje.

    A ex-irmã Clemens, em seu testemunho em vídeo, com muita coragem e bravura, dá a conhecer os vários problemas vivenciados no IVE/SSVM, problemas que, com o tempo, se tornaram um modo de viver a vida religiosa.

    Yamile apresenta sua história de como os padres do IVE manipularam sua vocação desde o início e a manipulação que fazem com as outras vocações por meio dos Exercícios Espirituais.

    O IVE se vangloria de ser descendente de Santo Inácio nos Exercícios Espirituais, mas faz o oposto do que o santo pede. Por exemplo, o momento da Eleição Estado, o utilizam para induzir à vocação, fazendo com que todos vejam nos “Prós e Contras” um chamado à vida religiosa do qual não se pode fugir.

    De acordo com Santo Inácio, uma Eleição de Estado só pode ser feita em tempos de calma, serenidade e sem inclinar a alma para qualquer estado.

    Yamile estava saindo de um relacionamento de abusos, abortos e manipulaçoes por parte de seu noivo. Seus diretores espirituais, o teólogo moral do IVE, Padre Fuentes, e até mesmo o fundador conheciam sua história, mas a aconselharam a se entregar à vida religiosa como uma forma de purgar seus pecados e oferecê-los a Deus. Para uma pessoa que nem sequer havia curado suas feridas passadas?

    As SSVM a recebeu no noviciado e lhe impôs o hábito, mesmo sabendo que ela dias antes havia pedido deixar o noviciado. Foi enviada para fazer os Exercícios Espirituais, dessa vez por um mês inteiro em silêncio, sem que nenhum pregador e seu diretor espiritual pudessem interpretar o que Santo Inácio realmente ensina? Que para fazer oos EE é necessario ter boa disposição!

    Ou será que os padres pregam os Exercícios com o ensinamento do falecido Buela, que os usou como uma forma de recrutar vocações, a fim de aumentar o número de membros e, assim, evitar o fechamento do Instituto?

    Conhecemos outros casos de irmãs que estando deprimidas tinham de fazer os Exercícios Inacianos todos os anos. É isso mesmo que Santo Inácio e a Igreja estão pedindo?

    Poucos meses depois de entrar, Yamile adquiriu o hábito; em menos de um ano, os votos simples e depois os votos perpétuos. assim como ela, outras mais. Será que ninguém percebia que ela não estava apta a escolher qualquer vocação sem antes curar as feridas do passado? Yamile contou várias vezes e a diferentes padres sobre sua situação abusiva, tentando buscar ajuda, e a resposta foi o chamado de Deus para a vida religiosa. Isso mostra a falta de discernimento dos padres do IVE e o fim que eles buscam ao pregar os exercícios inacianos: ter mais “vocações”. Conhecida é a frase que repetem, “se há vocações, há frutos”.

    Nas Servidoras, houve mulheres com divórcios recentes que tiveram o hábito imposto em poucos meses, jovens que entraram com 17 anos, outras que vieram do aspirantado, onde entraram com 11 anos e foram levadas a pensar que, se estão lá, é porque Deus as escolheu. Essas meninas menores de idade também fazem os Exercícios Inacianos e recebem as mesmas pregações.

    No caso de Yamile, apesar de todas as más experiências passadas, ela obedecia, servia fielmente à Igreja sendo uma boa irmã religiosa. Foi nomeada superiora da comunidade de Gaza, mas nunca deixou de comunicar aos superiores as consequências que estava sofrendo, até que seu corpo expressou a dor de sua alma ecomeçou a adoecer.

    Até que finalmente um grande médico com bom senso, um homem de fé, descobriu que ela estava “morrendo” em uma vocação que não era a sua.

    Irmãs religiosas, missionárias no Oriente Médio: a primeira à direita é Yamile.
    Dessa foto, 8 religiosas de votos perpétuos deixaram o Instituto, abandonando a vida religiosa.

    Esta semana 3 religiosas de votos perpetuos na Argentina deixaram a vida religiosa. Uma com mais de 30 anos de vida religiosa, superiora na casa provincial e em várias outras comunidades

    Em diferentes partes do mundo, muitas estão deixando a vida religiosa, esta é uma informação que não deve ser dita, somente se informa quantas entram ao noviciado em cada país. Algumas, simplesmente nunca tiveram vocação, outras sim, mas devido a pressão e uma vida religiosa manipulada decidiram ir-se.

    O problema do IVE é manipular as palavras de Santo Inácio para seu próprio benefício, vendo vocações onde não tem. Yamile, longe de qualquer rancor e com grande serenidade, nos envia a carta que enviou na época ao Secretário para a Vida Consagrada sobre seu caso, na esperança de que outras jovens não passem pela mesma coisa e não cedam à manipulação de consciência.

    Que o IVE um dia pare de abusar dos santos Exercícios Inacianos para atrair vocações e causar os danos que vem causando!

    O vídeo do depoimento de Yamile Peralta pode ser encontrado aqui.

  • “Não fui a única que sofri isso, aconteceu com mais seis religiosas”

    “Não fui a única que sofri isso, aconteceu com mais seis religiosas”

    Laura Campos, a heroína que decidiu relatar o sofrimento oculto de várias freiras abusadas pelo padre José María Corbelle.

    Em um vídeo publicado recentemente no YouTube, relata calmamente as diferentes manipulações que ocorrem no Verbo Encarnado / Servidoras do Senhor e da Virgem de Matará, não apenas os casos de abuso sexual sofridos por algumas irmãs, mas também o que é mais terrível, a ocultação e a falta de empatia dos superiores a toda a desordem que ocorre dentro dessas paredes.

    Sem ir mais longe, em resposta a estreia do vídeo, os sacerdotes do IVE em nosso país, consultando o Dr. Miguel Angel Fuentes sobre o que dizer, começou a circular entre os membros uma declaração escrita do mesmo: “Não semeie dúvidas”.aconselhando-os a “não encaminhar o vídeo e evitar assisti-lo”. A dúvida pode comprometer sua vocação, dizem eles. Aos leigos foram aconselhados a fazer a mesma coisa.

    O comentário interno é: “Não duvidamos do que dizem, mas por que divulgar isso publicamente”.

    Por quê?

    Porque durante 30 anos, tanto o padre Carlos Buela, o padre Gonzalo Ruiz e as superioras sabiam do fato e ninguém fez nada.

    Porque em 30 anos o padre abusador continua missionando pregando Exercícios Espirituais como se nada tivesse acontecido. Sem nenhuma advertencia! Será por sua amizade com o falecido Buela?

    Porque já há uma denúncia em Roma e há mais vítimas dentro do convento e pode haver mais se isso não for interrompido,

    porque existem outros tipos de manipulaçoes y abusos de consciência que também foram denunciados, como foi o caso de Mônica e

    Porque, como no caso de Yamile, manipulada por seus diretores espirituais e vendo todos os tipos de abusos, tinha que ficar calada porque, diante de qualquer escândalo: “não devemos dizer nada, para o bem dos leigos“, “são leigos, não entenderão”, em suma, era calar-se pelo bem do Instituto.

    O Instituto tornou-se mais importante do que Cristo, a caridade e a verdade. Defendem mais o Instituto do que o próprio Cristo (um Instituto que nem sequer é reconhecido pela Igreja como uma Congregação religiosa e, além disso, baixo intervenção vaticana).

    No vídeo, Laura comenta sobre como as freiras são manipuladas pelos capelães que as instruem sobre o que dizer e como agir em qualquer situação que os comprometem. Como neste caso: assim que o vídeo foi divulgado, todos correram para o guru, padre Miguel Ángel Fuentes, e a resposta foi: “Não encaminhe, não assista… porque pode gerar dúvidas”, e todos os capelães começaram a repetir a mesma coisa. Um comportamento típico de uma seita.

    O governo paralelo do IVE respondeu aos leigos que os questionaram sobre o vídeo com a frase: “essas não estão bem da cabeça”.Laura, por exemplo, foi Vigária Geral do Instituto, parte do Conselho Geral e Superiora por anos em diferentes missões, com um doutorado em bioética, e agora está louca?

    O mesmo aconteceu com Monica (Piaghe), entrou saudável, era a vigária da comunidade (segunda no comando) em uma casa com mais de 120 crianças até que adoeceu com a sobrecarga física do trabalho que afetou seu estado anímico e psicologico. Enquanto estava saudável, cumpriu com seus deveres religiosos e com os cargos de autoridade que ocupava, mas quando ficou doente por causa do sistema abusivo e desumano do Instituto, o mesmo Instituto a convidou a deixar a vida religiosa.

    Yamile, mesmo com todos os seus sofrimentos e dúvidas, trabalhou intensamente no Instituto, mesmo nos piores momentos de sua situação pessoal. Foi enviada para estudar em Roma, em Universidades Pontifícias (algumas são enviadas, uma forma de manter uma certa aparência), logo enviada como superiora para missões no Oriente Médio.

    Todos as superioras, desde o início, conheciam seu caso, aproveitaram de sua força física, sua capacidade intelectual e sua liderança, sem preocupar-se com seus traumas passados. Quando não aguentou mais e foi embora, nem seuqera era lembrada como uma irma que entregou seu tempo e forças em missões mais difíceis.

    Eu mesma ouvi da minhas superiora: “Coitada, tudo o que está fazendo por ressentimento!!!”, e outras frases como: “Que ingrata”!, “Agora fala mal da Congregação”, “Não respeita nem as irmãs que estão na Congregação”.

    Que grande manipuladores são!

    “Por fim, peço ao Dicastério para o Clero que faça uma investigação cuidadosa do padre José Corbelle. Para evitar estas situaçoes, pois durante 28 anos esses abusos foram encobertos, silenciados e temo que haja mais vítimas”, diz Laura no vídeo.

    Ademais de expressar que esses abusos eram de natureza sexual, causando-lhe danos psicológicos e espirituais que ela sofreu durante anos.