No dia 24 de março, a Superiora Geral, Madre Corredentora, enviou um longo comunicado às irmãs, lembrando o fato “milagroso” de que ambos os Institutos haviam recebido a aprovação diocesana das mãos de Dom Andrea Maria Erba.
Lembremos que as SSVM antes eram apenas uma Associação Pública de Fiéis e que os padres do IVE na época estavam passando por um período difícil aos olhos da Igreja argentina (já que estavam sob comissários pontifícios) e isso dificultava o processo de aprovação diocesana. Buela era ciente dessa dificuldade e tentou todas as vias para que o Governo Geral do IVE pudesse ser trasladado rápidamente à Roma, pois se sofressem alguma ordem de fechamento dos seminários, a Casa Geral se comprometeria.
O Governo Geral das SSVM já estava em Roma e, juntamente com os padres que eram enviados para estudar, tentaram “mexer os pauzinhos” com bispos e cardeais influentes para facilitar a mudança e
por meio do ramo feminino, isso não seria tão difícil, pois a tática de Buela, na maioria das vezes, era enviar primeiramente as servidoras para prestar todo tipo de ajuda e de apoio aos bispos e assim “abrir o caminho” ao IVE. E assim foi com Monsenhor Erba, um bispo já idoso. Com a insistência do governo geral da SSVM e dos padres do IVE na Argentina, usando também da influência do Cardeal Sodano, quem pediu a Monsenhor Erba que solicitasse a ambos Governos em sua diocese, Velletri-Segni, e futuramente aprová-los diocesanamente. Deve-se lembrar que isso ocorreu depois da ordem de fechamento do noviciado masculino e do exílio de Buela à Equador por João Paulo II, mas, como de costume, Buela e seus seguidores sabiam como deviar das ordens de Roma.
No texto enviado, a Madre Corredentora tenta infundir nas novas servidoras a historia da mão providente de Deus que as aprovou, citando a cena da luz que se acendia e se apagava na residência papal, como um sinal de que João Paulo II as apoiava em tudo.
Com sua humildade característica, ela conta que, naquela época, era apenas a Vigária Geral e testemunha de tudo. Ma agora como Superiora Geral, sente a necessidade de incendiar em toda a SSVM uma história de “milagres” e “momentos providenciais” que, segundo ela, demonstraram a proximidade e a aprovação do Papa João Paulo II, que na realidade – repetimos – foi um “milagre” providenciado pelo Cardeal Sodano.
Corredentora esquece de mencionar que na diocese anterior não contavam com um bispo tão benevolente, portanto, conseguir o traslado de ambos governos gerais à Velletri-Segni significaria unir forças e consequentemente conseguir que Buela se trasladasse à Roma e disfrutasse de mais liberdade.
No ano de 2022 foi dercretado uma nova disposição na Igreja no que diz respeito as aprovações diocesanas, os bispos deverão pedir primeiramente autorização à Congregação para os Institutos de Vida Consagrada em Roma e assim evitar as pressas e as inexperiências de institutos religiosos que resultam em problemas de abusos de todos os tipos, manipulações, desvio de fundos, etc. Esse comunicado de 2022 foi assinado pelo Cardeal João Bráz e pelo Monsenhor José Rodríguez Carballo,
ambos também tiveram que suspender os votos de várias SSVM que que deixaram a vida religiosa e receber centenas de reclamações sobre o IVE nas últimas décadas.
Publicamos aqui a carta da M. Corredentora para as SSVM.
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